OBESIDADE é uma Doença Inflamatória
- Mariana Andrade
- 19 de set. de 2018
- 2 min de leitura

Desde a década de 90 a visão sobre a obesidade começou a ser modificada, sendo caracterizada como uma doença inflamatória, onde o tecido adiposo é capaz de produzir adipocinas, que são responsáveis por gerar um processo inflamatório crônico afetando a função de vários órgãos.
A resistência à insulina é a principal consequência dessa inflamação que está diretamente associada a outras doenças, como: doenças cardiovasculares, esteatose-hepática, síndrome do ovário policístico, alterações dermatológicas e alguns tipos de câncer.
Principais órgãos afetados pela fisiologia da Obesidade:
1 – Sistema Nervoso Central
Alterações na síntese dos neutrotransmissores: Dopamina (motivação) e Serotonina (bem-estar) que podem estar relacionados a compulsão alimentar.
2 – Eixo Hipotálamo
Estresse crônico e obesidade aumentam o cortisol (hormônio estresse) aumenta a resistência a insulina e o acúmulo de gordura visceral.
3 – Tireoide
Pode ocorrer baixa produção de hormônios da tireoide, responsáveis pelo ritmo metabólico.
4 – Tecido Adiposo Marrom
Obesos possuem atividade baixa de tecido adiposo marrom, esse tecido é mais vascularizado e tem mais mitocôndrias o que revela uma capacidade mais termogênica.
5 – Tecido Adiposo Branco
O aumento de peso promove a expansão desse tecido com aumento dos adipócitos promovendo um estado mais inflamatório.
6 – Fígado
O acumulo de gordura no fígado está ligado a resistência insulínica, a inflamação e ao estado de estresse metabólico.
7 – Músculo
A enzima AMPk é um importante sensor metabólico, que quando ativada estimula a captação da glicose, queima de gordura e síntese muscular. No obeso há deficiência dessa enzima AMPk, que deve ser estimulada com exercício físico, restrição calórica e antioxidantes na alimentação.
8 – Intestino
A disbiose intestinal acontece devido a alimentação desequilibrada em fibras, e leva a translocação de fragmentos de bactérias com alto potencial inflamatório.
10 – Circulação
O risco cardiovascular está aumentado em virtude da inflamação e estresse oxidativo presentes na camada de células endoteliais dos vasos.

Portanto, a obesidade passa a ser não apenas uma escolha do estilo de vida, mas um estado preocupante de doença inflamatória. E deve ser tratada com alimentação voltada para redução do estado inflamatório, com nutrientes antioxidantes, anti-inflamatórios, próbióticos e restrição calórica.
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